Rádio 88 FM

Inflação fecha o ano com alta de 4,83% e estoura teto da meta

  • Por Redação do Jornal da 88

  • 10.Jan.2025 // 10h19

  • Economia

Inflação fecha o ano com alta de 4,83% e estoura teto da meta
Foto/Reprodução: Google

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, registrou alta de 0,52% em dezembro, de acordo com o IBGE. Com isso, a inflação acumulada de 2024 foi de 4,83%, superando o teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, ou seja, entre 1,5% e 4,5%. Em dezembro, a inflação acelerou em relação ao mês anterior, quando foi registrada alta de 0,39%. O grupo de Alimentação e bebidas foi o principal responsável pela pressão inflacionária no mês, com avanço de 1,18%, o maior impacto sobre o índice geral (0,25 p.p.). Esse foi o quarto mês consecutivo em que os alimentos puxaram o IPCA, impulsionados especialmente pelo aumento nos preços das carnes, com destaque para costela (6,15%), alcatra (5,74%) e contrafilé (5,49%).

Também contribuíram para a alta o óleo de soja, com aumento de 5,12%, e o café moído, que subiu 4,99%. Na alimentação fora de casa, os preços também subiram: refeições fora de casa tiveram alta de 1,42%, enquanto lanches avançaram 0,96%. A única exceção foi o grupo de Habitação, que apresentou queda de 0,56%, impactando negativamente o índice em 0,08 p.p. A retração neste setor ajudou a conter uma aceleração maior da inflação. O resultado de 2024 mostra um desafio para o controle inflacionário, uma vez que o acumulado anual de 4,83% ultrapassou o teto da meta definida pelo CMN. A alta foi impulsionada, principalmente, pelos preços dos alimentos e bebidas, evidenciando o impacto direto sobre o consumo das famílias. Esse cenário reforça a importância de políticas públicas eficazes para conter a pressão inflacionária e garantir o poder de compra dos consumidores. A aceleração da inflação em dezembro também reflete os desafios econômicos para o início de 2025, com a necessidade de um olhar atento ao comportamento dos preços em setores essenciais.