O extremo oeste da Bahia acaba de alcançar uma marca histórica, tornando-se o maior polo de irrigação por pivôs centrais do Brasil, superando a região noroeste de Minas Gerais, que até então liderava esse setor. A informação foi destacada em um levantamento recente realizado pela Embrapa, com dados atualizados até outubro de 2024, que revelam a crescente importância da região para a irrigação no país. O município de São Desidério, na Bahia, se destaca como o líder absoluto em área irrigada, conquistando a posição de maior área do Brasil dedicada a esse tipo de irrigação. Em Minas Gerais, os municípios de Paracatu e Unaí ocupam, respectivamente, o segundo e terceiro lugares no ranking.

O estudo aponta uma impressionante expansão de quase 300 mil hectares irrigados no Brasil desde 2022, com base em dados coletados pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O bioma Cerrado, que abrange uma vasta região do Brasil Central, continua sendo o maior concentrador de equipamentos de irrigação, com mais de 70% do total nacional. Por outro lado, o Pantanal permanece sem registros de irrigação por pivôs centrais, o que reforça as características específicas de cada bioma no que se refere ao uso de recursos hídricos. Embora o Brasil tenha dado passos significativos na irrigação, o levantamento também revela que o país ainda ocupa apenas 2,6% da área irrigada mundial, o que demonstra o enorme potencial de crescimento do setor. Com a contínua expansão das áreas irrigadas, especialmente no oeste da Bahia, o Brasil tem grandes perspectivas para consolidar-se como uma referência global em irrigação, um setor essencial para o desenvolvimento do agronegócio e a segurança alimentar.