Jicelmo Machado
A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados iniciou na tarde desta terça-feira, no plenário da Casa, a leitura do parecer do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), contrário à aceitação da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) por corrupção passiva. A deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO), segunda-secretária da mesa da Câmara, é a responsável por ler o relatório do tucano, aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara em 13 de julho após a rejeição de um parecer favorável ao prosseguimento da acusação da Procuradoria-Geral da República.
Antes do recesso parlamentar, essa etapa da tramitação da acusação contra o peemedebista foi adiada duas vezes, nos dias 14 e 17 de julho, porque não houve o quórum de 51 deputados necessário. A leitura do parecer precede a abertura da sessão de votação no plenário da Casa, prevista para amanhã às 9h. Caso haja quórum de 342 deputados depois das falas de Paulo Abi-Ackel, da defesa de Temer e dos deputados inscritos, os parlamentares serão chamados um a um ao microfone para dizer se concordam ou não com o relatório do tucano mineiro.
Mais cedo nesta terça-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse acreditar que haverá o número mínimo de presenças para que a votação da denúncia ocorra nesta quarta-feira e previu que a decisão dos deputados será conhecida até o período da tarde.
“Amanhã será votada e, com a votação, isso vai gerar uma tranquilidade para a sociedade, pois este assunto estará resolvido na parte da tarde de amanhã”, afirmou Maia em entrevista coletiva após café da manhã na residência oficial com líderes da base aliada. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), também participaram do encontro.
O presidente da Câmara disse não acreditar que haja esvaziamento do plenário por parte da oposição e de parlamentares da base favoráveis à abertura de investigação contra Temer. “Vai dar quórum. Acho que a gente vai votar. É nossa obrigação. Não pode ter presidente denunciado e o Parlamento não deliberar isso. Independentemente da posição de cada um, é importante que a Câmara delibere sobre isso”, declarou.
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