Aliane Aguiar
A Bahia ocupa a terceira posição entre os estados com o gás de cozinha mais caro do país, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O estado fica atrás apenas de Roraima e Amazonas, com o preço médio do botijão de 13 kg chegando a R$ 123,59. Embora a administração da Refinaria Mataripe, operada pela Acelen, seja uniforme em todo o território baiano, o valor final do gás varia significativamente entre as cidades. Em Salvador, o botijão custa, em média, R$ 127. Já em Luís Eduardo Magalhães, no oeste do estado, o preço pode atingir R$ 170, cerca de R$ 40 acima da média estadual. Essa diferença é atribuída a fatores como o custo do frete, reajustes aplicados pela refinaria e despesas operacionais dos revendedores. No contexto nacional, o preço médio na Bahia só é superado pelos de Roraima (R$ 137,03) e Amazonas (R$ 126,59). Com o salário mínimo atual de R$ 1.518, um botijão de gás representa aproximadamente 11% da renda mensal de uma família. Essa porcentagem reforça o peso do produto no orçamento doméstico, especialmente em áreas com preços acima da média. A Acelen anunciou, na primeira semana de janeiro, uma redução de 0,5% no preço do gás de cozinha no estado. Segundo a empresa, os reajustes são definidos com base em critérios de mercado, considerando fatores como a cotação internacional do petróleo, a variação cambial e os custos logísticos. Apesar da redução, o impacto no preço final para os consumidores ainda é limitado. A situação acende o alerta para a necessidade de políticas públicas que mitiguem os altos custos de itens essenciais, garantindo maior acessibilidade para a população.
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