Operador 88
O dólar ganhou força nesta quinta-feira (26), apesar dos esforços do Banco Central do Brasil (BC) para conter sua alta. A autoridade monetária vendeu a totalidade de sua oferta de US$ 3 bilhões no leilão à vista, uma medida que tem como objetivo aumentar a oferta de dólares no mercado, o que normalmente tende a diminuir a cotação da moeda norte-americana. Com o noticiário econômico mais calmo devido à semana encurtada pelo Natal e o fechamento dos mercados no Brasil, os investidores focaram sua atenção no mercado internacional. Na Ásia, a China anunciou planos para aumentar seu estímulo fiscal no próximo ano, com a emissão de 3 trilhões de iuanes (equivalentes a US$ 411 bilhões ou R$ 2,5 trilhões) em títulos públicos especiais. Este valor representaria o maior valor de estímulo fiscal já registrado pelo país.
Enquanto isso, o governo do Japão prevê que sua economia atingirá capacidade total de produção no próximo ano fiscal, impulsionada por um mercado de trabalho aquecido, o que marca a primeira vez em sete anos que isso ocorrerá. No Brasil, o cenário fiscal continua sendo um tema de preocupação, especialmente com notícias sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que convocou uma reunião de líderes partidários. Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve publicar, nos próximos dias, um decreto para corrigir o valor do salário mínimo, o que também está sendo acompanhado de perto pelos mercados. No mercado de ações, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, segue operando com volatilidade, refletindo o clima de incerteza que domina o cenário econômico nacional e internacional.
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